Aqui, nas páginas que serão postadas o "Consolador" irá alertar e infundir coragem para os momentos de angústia de qualquer procedência, tornando-nos mais aptos para enfrentar os desafios da existência.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

ESPERANÇA

QQuão é difícil falar em esperança em nossos dias.
Onde quer que estejamos e com quem conversamos, sempre sentimos que a falta de esperança em dias melhores é uma realidade.
Onte recebi um e-mail de uma amiga sensacional da qual me distanciei, fisicamente, há alguns lustros. Ela me falava sobre sua vida, seus sentimentos em relação à mesma, e eu fiquei rindo sozinha de nós duas.
Lembro de nossa adolescência, quando conversávamos sentadas no meio fio, pertinho do Grupo Espírita Emmanuel, que frequentávamos todas as terças-feiras. Enquanto não iniciava a reunião, lá ficávamos nós, trocando confidências e esplanando sobre projetos e sonhos.
Hoje, cá na maturidade, percebo que aqueles projetos ficaram bem lá atrás, escondidinhos em nossas almas juvenis.
Percebi em sua fala, que estamos experenciando as mesmas coisas, apenas com conotações diferenciadas.
O desânimo, o desalento, entretanto, são os mesmos.
Fiquei muitíssimo triste, pois ela me falou em ausência de fé. A isso repliquei fervorosamente, mais por mim, do que por ela mesma. Imagine se perco a fé?
Cristo meu, sinto até um arrepio só de pensar.
As vezes ensaio sonhos, mas eles estão bem escassos.
E a Esperança?
A esperança tem tom verde, e cura as chagas da alma.
Mas não a tenho por companhia faz muito. Não consigo esperar da vida, das pessoas e às vezes até de minha capacidade de superação. Alíás, esperar das pessoas é o maior erro que podemos cometer. Pois sempre nos quedamos decepcionados, tristes, desiludidos e até revoltados.
Acontece assim comigo. Busco então afastar tais pensamentos, exorcizar as pessoas que no momento estão me incomodando e focar o pensamento em mim mesma.
Olhar para a gente mesmo é um santo remédio. Nos conhecendo, temos condições de aparar as arestas e nos fazer melhores.
Eu as vezes estou contente comigo. Sinto que avancei e estou no caminho. Mas há ocasiões em que sinto que as forças se exauriram e que não dá para dar nenhum passo adiante. Fico como que meio paralisada! Não é fácil!
Porém hoje sei que é possível imaginar um dia seguinte e novas possibilidades.
Será que posso chamar isso de esperança? Acredito que não, pois a esperança tem uma luminosidade própria, que não comporta desalento em momento algum...Ou será que estou exagerando?
Hoje estou tendo um começo de dia bem otimista. Mas não espero milagres. Não consigo acreditar neles.
Por isso que divago sobre a esperança. Queria tê-la como companhia constante. Mas ainda preciso elaborar melhor meus sentimentos para dinamizá-la em meu íntimo.
Assim vou levando, seguindo a minha estrada, buscando forças para a caminhada.
Sei que Jesus não me abandonará e isso me conforta. Será isso esperança?

Roberta Cavalcante

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