Aqui, nas páginas que serão postadas o "Consolador" irá alertar e infundir coragem para os momentos de angústia de qualquer procedência, tornando-nos mais aptos para enfrentar os desafios da existência.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

ESPERANÇA

QQuão é difícil falar em esperança em nossos dias.
Onde quer que estejamos e com quem conversamos, sempre sentimos que a falta de esperança em dias melhores é uma realidade.
Onte recebi um e-mail de uma amiga sensacional da qual me distanciei, fisicamente, há alguns lustros. Ela me falava sobre sua vida, seus sentimentos em relação à mesma, e eu fiquei rindo sozinha de nós duas.
Lembro de nossa adolescência, quando conversávamos sentadas no meio fio, pertinho do Grupo Espírita Emmanuel, que frequentávamos todas as terças-feiras. Enquanto não iniciava a reunião, lá ficávamos nós, trocando confidências e esplanando sobre projetos e sonhos.
Hoje, cá na maturidade, percebo que aqueles projetos ficaram bem lá atrás, escondidinhos em nossas almas juvenis.
Percebi em sua fala, que estamos experenciando as mesmas coisas, apenas com conotações diferenciadas.
O desânimo, o desalento, entretanto, são os mesmos.
Fiquei muitíssimo triste, pois ela me falou em ausência de fé. A isso repliquei fervorosamente, mais por mim, do que por ela mesma. Imagine se perco a fé?
Cristo meu, sinto até um arrepio só de pensar.
As vezes ensaio sonhos, mas eles estão bem escassos.
E a Esperança?
A esperança tem tom verde, e cura as chagas da alma.
Mas não a tenho por companhia faz muito. Não consigo esperar da vida, das pessoas e às vezes até de minha capacidade de superação. Alíás, esperar das pessoas é o maior erro que podemos cometer. Pois sempre nos quedamos decepcionados, tristes, desiludidos e até revoltados.
Acontece assim comigo. Busco então afastar tais pensamentos, exorcizar as pessoas que no momento estão me incomodando e focar o pensamento em mim mesma.
Olhar para a gente mesmo é um santo remédio. Nos conhecendo, temos condições de aparar as arestas e nos fazer melhores.
Eu as vezes estou contente comigo. Sinto que avancei e estou no caminho. Mas há ocasiões em que sinto que as forças se exauriram e que não dá para dar nenhum passo adiante. Fico como que meio paralisada! Não é fácil!
Porém hoje sei que é possível imaginar um dia seguinte e novas possibilidades.
Será que posso chamar isso de esperança? Acredito que não, pois a esperança tem uma luminosidade própria, que não comporta desalento em momento algum...Ou será que estou exagerando?
Hoje estou tendo um começo de dia bem otimista. Mas não espero milagres. Não consigo acreditar neles.
Por isso que divago sobre a esperança. Queria tê-la como companhia constante. Mas ainda preciso elaborar melhor meus sentimentos para dinamizá-la em meu íntimo.
Assim vou levando, seguindo a minha estrada, buscando forças para a caminhada.
Sei que Jesus não me abandonará e isso me conforta. Será isso esperança?

Roberta Cavalcante

domingo, 29 de maio de 2011

A REGRA ÁUREA

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo." - Jesus. (Mt 22:39)

Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: "Não façais ao próximo o que não desejais receber dele."
Afirmavam os persas: "Fazei como quereis que se vos faça."
Declaravam os chineses: "O que não desejais para vós, não façais a outrem."
Recomendavam os egípcios: "Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si."
Doutrinavam os hebreus: "O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo."
Insistiam os romanos: "A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo."
Na antiguidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juizes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 28 edição. Capítulo 41. Brasília: FEB. 2009.

sábado, 28 de maio de 2011

MEDICINA RECONHECE OBSESSÃO ESPIRITUAL

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:
A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero retificar, atualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade:
Mente, corpo e espírito.
Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral:
Biológico, psicológico e espiritual.
Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.
O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.
Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.
Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual..
Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.
O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura.
Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.
Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.
Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.
Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).
Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.
 
Texto de Osvaldo Shimoda

terça-feira, 24 de maio de 2011

DIA NACIONAL DA ADOÇÃO



O dicionário nos dá uma definição clara e quase que definitiva da palavra mãe: “Mulher ou qualquer fêmea que dá à luz um ou mais filhos”, segundo o dicionário Aurélio. Porém, esta regra nem sempre é assim. Muitos casais, por motivos diversos, não conseguem ter filhos e a mãe cumprir com esta etapa gestacional e do parto dos seus filhos. Optam, então, por um gesto de amor incondicional, que é a adoção, palavra que significa ação ou efeito de adotar; aceitação involuntária e legal de uma criança como filho. E, desta forma, muitas mães e pais, realizam seu sonho de maternidade e paternidade em todo o mundo.
Mais do que o desejo por ser pai e mãe e formar uma “família completa” o casal deve ter um bom preparo emocional para lidar com as questões advindas da adoção: como contar para o filho [que ele é adotado], como aceitar as diferenças físicas e emocionais da criança, ou ainda relacionar-se com a sociedade ou com as dificuldades que possam encontrar no caminho.
Como qualquer ato jurídico, e muito mais ainda, por se tratar de uma adoção, por acolher uma vida em sua família, o preparo emocional do casal é imprescindível; homem e mulher devem ter conversado bastante sobre a decisão, que não deve ser fruto apenas da vontade de uma das partes, para que não se torne um jogo de responsabilidades quando a criança vai crescendo e dá trabalho para os pais; ou seja, adotar é assumir de forma humana, emocional, familiar e conjunta, um novo participante ativo desta família. É característica da adoção ser um ato irrevogável; uma vez realizada, é definitiva. Nem mesmo o eventual falecimento dos adotantes restabelece o pátrio poder dos genitores naturais.
João Paulo II faz uma citação especial durante um encontro sobre famílias adotivas: “Adotar crianças, sentindo-as e tratando-as como verdadeiros filhos, significa reconhecer que as relações entre pais e filhos não se medem somente pelos parâmetros genéticos. O amor que gera é, antes de mais nada, um dom de si.
Há uma ‘geração’ que vem através do acolhimento, da atenção, da dedicação. A relação que daí brota é tão íntima e duradoura, que de maneira nenhuma é inferior à que se funda na pertença biológica”. E traz ainda outras contribuições: “(…) Os cônjuges que vivem a experiência da esterilidade física saberão inspirar-se nesta perspectiva, para todos rica de valor e de empenho. (…) Os pais cristãos terão assim oportunidade de alargar o seu amor para além dos vínculos da carne e do sangue, alimentando os laços que têm o seu fundamento no espírito e que se desenvolvem no serviço concreto aos filhos de outras famílias, muitas vezes necessitadas até das coisas mais elementares”.
É importante que os pais esclareçam para a criança, para que ela não sinta desprezo, menosprezo ou diferença, principalmente quando existem outros irmãos na família, deixando claro que as relações entre todos são iguais.
Adotar uma criança é um ato de amor incondicional, ou seja, um ato de aceitação do outro, independentemente de ter em sua origem o sangue e a natureza geracional dos pais que optaram por criar esta criança. O ventre amoroso mora, então, no coração desta mãe e deste pai, deste casal, que, juntos, assumem este filho do coração e são capazes de supri-lo, dentre tantas necessidades, de amor e carinho familiar, que serão capazes de lhes dar valores que por vezes nunca teriam oportunidade de vivenciar em uma instituição de menores.
“Adotar uma criança é uma grande obra de amor” (Madre Teresa de Calcutá)

Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com
Elaine Ribeiro, colaboradora da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia Clínica e Pós-Graduada em Gestão de Pessoas

DINÂMICA DO AMOR



Ser Espírita, é ser Cristão.
Por isso consagramos estas linhas para a meditação em torno da vivência do amor, como nos exemplificou perfeitamente Jesus. O Cristo de Deus, não fazia acepção de pessoas, amava a todos indistintamente. E o mais interessante, doava a maior parte de seu tempo, sua dedicação e seu afeto inigualáveis, aos desvalidos da sorte, aos carentes e desguarnecidos das benesses da conquistas materiais.
Sabemos, e já foi dito inúmeras vezes, que Ele tinha vindo para os doentes, pois estes é que necessitavam de médicos. Mas será que apenas essa carência de evolução ou de alimento espiritual que nutre o crescimento das almas, que levou Jesus a se aproximar e se dedicar tão especialmente aos quais citamos?
Acredito firmemente que não.
Há nos corações que sofrem, uma maior receptividade ao aconselhamento e à intervenção amorosa dos Espíritos cuidadores, que por isso estes são alcançados com mais facilidade e conseguem ser resgatados do charco com mais destreza.
Aqueloutros, os que se regalam nas facilidades da vida carnal, detentores provisórios de recursos amoedados, de poder, de instrução improfícua, julgam-se tão acima do bem  e do mal, que cessam temporariamente a capacidade de ver e ouvir com os olhos espirituais. Para estas pessoas só a dor adentrando seus palácios de areia, consegue retirá-los de sua zona de conforto e transferi-los para um novo patamar de percepção e de movimentação na esfera do espírito. Tantas alusões se fez sobre tais, a metáfora da queda do paraíso, e do "não comereis do fruto da árvore da ciência do bem e do mal", já nos permite vislumbrar o espírito imortal, em seus ensaios no livre-arbítrio, colocando-se na condição de superiores a Deus. Vemos aí o princípio das ilusões que crestam espíritos nascedouros!
Quando também o Cristo disse ser mais "fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus", também não temos aí a percepção acurada do senhor, mostrando-nos com clareza as nossas dificuldades quando nas facilidades do mundo?
Mas por que falamos desta forma? Para compreendermos o quão distantes muitos de nós nos achamos, da prática do amor na escalada com o Cristo. Nos afileiramos em seu exécito de luz, mas não nos munimos de suas armas imprescindíveis ao tentame. Amor, renúncia ao ego, aceitação das diferenças.
Eis a trilogia de nossa dinâmica do amor.
Façamos o que estiver em nossas possibilidades e demos do que já possuímos, mas não admitamos a paralisia moral diante de tanta urgência por parte de nossos irmãos, que precisam ser soeerguidos prestamente nos ultimatos da regeneração planetária.
Espíritas sede Cristãos! Levantem essa bandeira.

Roberta Cavalcante

segunda-feira, 23 de maio de 2011

O ESPÍRITA - O CRISTÃO - O OUTRO

Jesus foi o maior exemplo de amor ao semelhante que já tivemos na Terra. Inclusive resumiu os mandamentos da Lei de Deus em  dois: "Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Kardec e a terceira revelação, também conhecida como "o Consolador Prometido", também preconizam "Fora da caridade não há salvação".
Não deveria por isso mesmo ser o Espírita Cristão o maior exemplo de solidariedade e caridade para com o semelhante? Mas, infelizmente, não é isso que estamos presenciando em nossos Núcleos Espiritistas.
Cada vez mais verificamos muitas letras e pouca ação. Fala-se em estudos sistematizados de Doutrina e Evangelho e enxameiam encontros de grande porte incentivando o Estudo e a aquisição de maiores conhecimentos. Mas, pergunto eu, de que adianta tanto conhecimento sem aplicabilidade?
Acredito que muitos já estão cansados de tanta fala e pouca ou nenhuma prática. Onde os corações se encontram, sensibilizados, a ponto de apiedarem-se do próximo e tornarem-se cirineus dos mesmos, nesta caminhada difícil de transição planetária? Onde o amor que Jesus vivenciou, muito mais do que divulgou?
O que vemos são almas como plantas crestadas pelas ventanias da existência, não mais retornarem às Casas Espíritas, pois não se sentem acolhidas e amparadas por aqueles que deveriam estar mais preparados para estarem na direção dos Núcleos Espíritas. E quando digo despreparados, não me refiro somente ao conhecimento parco, mas e principalmente, à limitação da arte de amar.
Ir de encontro ao outro, abrir mão da zona de conforto, para servir e se doar, exige muito mais que conhecimento. É necessário, e Espíritos valorosos, vem nos alertando para a urgente necessidade da reeducação íntima, aparelhando o homem para voos mais altos com o Cristo de Deus.
Temos que acabar com o "beletrismo" nos Centros Espíritas. O momento de dor e desolação não comporta "almofadinhas" do conhecimento letra morta. Sempre é bom relembrar Tiago "A Fé sem obras é morta em si mesma".
Seguir Jesus requer esforço pessoal, boa vontade e renúncia. Mas poucos estão dispostos a dividir para multiplicar.
É hora de dinamizar o amor. É hora de humanizar o Espírita, para que as nossas casas cumpram verdadeiramente o seu papel.
O sofrimento campeia e o trabalho com Jesus é incessante. Avante espíritas, sede verdadeiramente cristãos.

Roberta Cavalcante

sábado, 21 de maio de 2011

HUMANIZAR A CASA ESPÍRITA



Imagine
Imagine uma Casa para trabalhar onde a desconfiança foi substituída pela esperança.

Onde todos acreditam que a Casa também é deles.

Onde controlamos a forma de fazer e não as pessoas, até porque cada uma delas se preocupa em se vigiar.

Onde encaramos os problemas como oportunidade, e o enfrentamos procurando descobrir o que está errado, e não quem está errado, ou quem é o culpado.

Onde medimos o resultado, em vez das pessoas, e definimos procedimentos, em vez de autoridade.

Onde perguntamos: "Como posso ajudá-lo?", em vez de dizer: "isto não faz parte do meu trabalho".

Imagine uma Casa onde trabalhamos juntos, como uma equipe, para sermos cada vez melhores, não pelo simples fato de sermos melhores que os outros, mas para melhor servir.

Onde buscamos uma resposta para cada problema, em vez de vermos um problema em cada resposta.

Onde o único erro é repetir um erro e a única verdadeira falha é não tentar.

Imagine uma Casa onde os dirigentes são companheiros, amigos, em vez de simplesmente chefes, feitores.

Onde temos disciplina nos trabalhos, em vez de disciplinarmos pessoas, até porque cada um já está preocupado com sua própria disciplina.

Onde o significado da palavra responsabilidade está vinculado a um desejo de contribuir, e não a uma obrigação imposta por outra pessoa. Afinal, o trabalho é de Jesus.

Imagine um ambiente construído sobre uma base de confiança e respeito. Onde as idéias são bem-vindas, embora não necessariamente implementadas, e as pessoas são valorizadas pela sua contribuição, se preocupando com seu aprimoramento contínuo, atendendo a receita: “Amai-vos e Instrui-vos”.

Imagine uma Casa onde as pessoas dizem: “Pode ser difícil, mas é possível”, em vez de: “Pode ser difícil, mas é muito difícil”.

Imagine uma Casa onde o medo de ser franco, leal e honesto foi substituído por um ambiente de franqueza sem medo, de sinceridade sem rudeza.

Imagine, imagine e acredite!!

Você pode imaginar? Pode ajudar a construir uma Casa assim?


Projeto "Humanizar" de Joanna de Ângelis

terça-feira, 17 de maio de 2011

O GRANDE PRÍNCIPE


Um rei oriental, poderoso e sábio, achando-se envelhecido e doente, reuniu os três filhos, deu a cada um deles dois camelos carregados de ouro, prata e pedras preciosas e determinou-lhes gastar esses tesouros, em viagens pelo reino, durante três meses, com a obrigação de voltarem, logo após, a fim de que ele pudesse efetuar a escolha do príncipe que o sucederia no trono.
Findo o prazo estabelecido, os jovens regressaram à casa paterna.
Os dois mais velhos exibiam mantos riquíssimos e chegaram com enorme ruido de carruagens, mas o terceiro vinha cansado e ofegante, arrimando-se a um bordão qual mendigo, despertando a ironia e o assombro de muita gente.
O rei bondoso abençoou-os discretamente e dispôs-se a ouvi-los, perante compacta multidão.
O primeiro aproximou-se, fez larga reverência, e notificou:
- Meu pai e meu soberano, viajei em todo o centro do País e adquiri, para teu descanso, um admirável palácio, onde teu nome será venerado para sempre. Comprei escravos vigorosos que te sirvam e reuni, nesse castelo, digno de ti, todas as maravilhas de nosso tempo. Dessa moradia resplandecente, poderás governar sempre honrado, forte e feliz.
O monarca pronunciou algumas palavras de agradecimento, mostrou amoroso gesto de aprovação e mandou que o segundo filho se adiantasse:
- Meu pai e meu rei! - exclamou, contente - trago-te a coleção de tapetes mais ricos do mundo. Dezenas de pessoas perderam o dom da vista, a fim de tecê-los. Aproxima-se da cidade uma caravana de vinte camelos, carregando essas preciosidades que te ofereço, ó augusto dirigente, para revelares tua fortuna e poder!...
O monarca expressou gratidão numa frase carinhosa e recomendou que o mais moço tomasse a palavra.
O filho mais novo, alquebrado e mal vestido, ajoelhou-se e falou, então:
- Amado pai, não trouxe qualquer troféu para o teu trono venerável e glorioso... Viajei pela terra que o Supremo Senhor te confiou, de Norte a Sul e de Leste a Oeste, e vi que os súditos esperam de teu governo a paz e o bem-estar, tanto quanto o crente aguarda a felicidade da Proteção do Céu... Nas montanhas, encontrei a febre devorando corpos mal abrigados e movimentei médicos e remédios, em favor dos sofredores. Ao Norte, vi a ignorância dominando milhares de meninos e jovens desamparados e instalei escolas em nome de tua administração justiceira. A Oeste, nas regiões pantanosas, fui surpreendido por bandos de leprosos e dei-lhes conveniente asilo em teu nome. Nas cidades do Sul, notei que centenas de mulheres e crianças são vilmente exploradas pela maldade humana e iniciei a construção de oficinas em que o trabalho edificante as recolha. Nas fronteiras, conheci inúmeros escravos de ombros feridos, amargurados e doentes, e libertei-os, anunciando-lhes a magnanimidade de tua coroa!...
A comoção interrompeu-o. Fez-se grande silêncio e viu-se que o velho soberano mostrava os olhos cheios de lágrimas.
O rapaz côbrou novo ânimo e terminou:
- Perdoa-me se entreguei teu dinheiro aos necessitados e desculpa-me se regresso à tua presença envolvido em extrema pobreza, por haver conhecido, de perto, a miséria, a enfermidade, a ignorância e a fome nos domínios que o Céu conferiu às tuas mãos benfeitoras... A única dádiva que te trago, amado pai, é o meu coração reconhecido pelo ensinamento que me deste, permitindo-me contemplar o serviço que me cabe fazer... Não desejo descansar enquanto houver sofrimento neste reino, porque aprendi contigo que as necessidades dos filhos do povo são iguais às dos filhos do rei!...
O velho monarca, em pranto, muito trêmulo, desceu do trono, abraçou demoradamente o filho esfarrapado, retirou a coroa e colocou-a sobre a fronte -dele, exclamando, solene:
- Grande Príncipe: Deus, o Eterno Senhor te abençoe para sempre! É a ti que compete o direito de governar, enquanto viveres.
A multidão aplaudiu, delirando de júbilo, enquanto o jovem soberano, ajoelhado, soluçava de emoção e reconhecimento.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. Capítulo 7. FEB.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

DICAS PARA UMA VIDA FELIZ! SUPER INTERESSANTE...




ESCRITO POR REGINA BRETT, 90 ANOS DE IDADE,
COLUNISTA DO THE PLAIN DEALER, CLEVELAND, OHIO
 “Para celebrar o meu envelhecimento,
certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.
É a coluna mais solicitada que eu já escrevi”.


1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno. 
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.

6. Você não têm que ganhar todas as vezes.  Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.

10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.

12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem ideia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente.

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial.

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você...

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo.

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa : morrer jovem.

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. Produza!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

DEUS NA VISÃO ESPÍRITA

Gerson Monteiro, neste artigo, faz uma brilhante síntese da visão espírita de Deus. Colocações muito bem feitas. Adorei! Por isso repasso aos meus queridos com carinho,
Roberta Cavalcante



"Quando um amigo me perguntou por que eu era Espírita, seguidor da Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, respondi-lhe dizendo que era porque aceitava os seus princípios fundamentais, a saber: 1 ) a existência de Deus; 2 ) a imortalidade da alma, pois ela vive após a morte do corpo; 3 ) a evolução do espírito até atingir a perfeição através das reencarnações; e 4 ) a comunicação dos espíritos desencarnados com os encarnados.
É claro que, ao me tornar Espírita, entendi a necessidade de me modificar moralmente e me tornar um Homem de Bem. Isto porque Allan Kardec afirmou, em O Evangelho segundo o Espiritismo, que o verdadeiro Espírita é reconhecido pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega em domar suas más tendências.
Ainda a respeito de Deus, encontramos na Questão n 1, de O Livro dos Espíritos, a seguinte definição: "Deus é a inteligência Suprema do Universo e causa primária de todas as coisas". Aliás, é uma síntese magistral do Criador, ou seja, que acima de todas as inteligências que existem no Universo, está, portanto, a inteligência Divina, e que Ele criou tudo o que existe: o mundo material, tanto quanto os espíritos encarnados e desencarnados.
Com relação ser Ele a causa de tudo o que há no Universo, o melhor argumento é o da própria ciência, ou seja, a de que "não há efeito sem causa". Ora procurando a causa de tudo o que existe no Universo, e que não é obra do homem, concluiremos logicamente de que se trata de uma obra de Deus. Vale aqui lembrar que Voltaire, um vulto notável do pensamento francês, afirmou com seu raciocínio prático sobre a existência do Criador: "O Universo me espanta e não posso imaginar que este relógio exista e não tenha um relojoeiro".
De fato, podemos afirmar que esse "grande relógio", incomensurável mecanismo que é o Universo, foi projetado por uma inteligência que denominamos - Deus, o Grande Arquiteto. Isso confirma o que o salmista asseverou: "Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos". Enfim, Deus é o Pai Nosso no dizer de Jesus na Oração Dominical".


Gerson Simões Monteiro é vice-presidente da Funtarso (Fundação Cristã-Espírita Cultural Paulo de Tarso).

domingo, 15 de maio de 2011

BIN LADEN ESTÁ VIVO

O telemóvel tocou. Mais um SMS. Pachorrentamente, num gesto mecânico, lá fui ver a mensagem. Ao ler, não pude deixar de sentir um espanto pelo inesperado da notícia: “Mataram o Bin Laden, finalmente”.
O texto era de alegria e de alívio! Puxando dos conhecimentos que a Doutrina Espírita me deu, fiquei a pensar com os meus botões: será que o mataram mesmo?
Não é nosso propósito fazer algum tipo de análise acerca do ataque às torres gémeas nos EUA, aos 10 anos de guerra no Afeganistão, à captura e morte do líder da Al-Qaeda, nem opinar acerca da justiça ou não justiça de tais atos.
Bin Laden atacou os EUA em 2001, utilizando aviões comerciais, matando cerca de 3 mil pessoas.
Os EUA ripostaram, juntamente com os seus aliados, contabilizando nestes últimos 10 anos de guerra, vários milhares de mortos e feridos entre militares e civis.
“Fez-se justiça”, ouve-se um pouco por todo o mundo quando se fala da morte de Bin Laden. “Resolveu-se um problema maior”, dizem uns, enquanto outros já antevêem o princípio do fim do terrorismo da Al-Qaeda.
Ora, tal seria verdade se a vida terminasse com a morte do corpo de carne, mas, desde que Allan Kardec (o pesquisador que deu origem à doutrina espírita ou espiritismo) em meados do século XIX, comprovou a imortalidade da alma, tão apregoada pelas religiões tradicionais (factos estes corroborados por inúmeras pesquisas até aos dias de hoje por outros tantos cientistas), que teremos de reger a vida por esse novo paradigma: somos seres imortais, temporariamente num corpo de carne, onde temos uma oportunidade evolutiva durante certo tempo, até que regressemos de novo ao mundo dos espíritos, voltando mais tarde ao planeta Terra (reencarnação), e assim sucessivamente, até que um dia sejamos espíritos puros e não mais necessitemos de reencarnar neste ou em outros planetas.
Temos assim, dois tipos de justiça: a dos homens e a de Deus.
Bin Laden foi morto pelos homens, mas, sendo espírito imortal, como todos nós, continua vivo no mundo espiritual, onde, se lhe for permitido, dentro das leis espirituais de causa e efeito, poderá ainda continuar nas suas actividades, interferindo e influenciando na Terra aqueles que sintonizam com o tipo de pensamentos que ele tinha aquando dentro do corpo de carne.
Bin Laden, ser humano, eterno como todos nós, é pois mais digno de pena do que qualquer outro sentimento que possamos nutrir, imaginando os séculos de resgate que terá pela frente até que a sua consciência se sinta ilibada de todos os crimes cometidos. Quantas reencarnações dolorosas terá de enfrentar? Quantas doenças, limitações, dificuldades, sofrimentos, terá de encarar dentro da lei de causa e efeito que rege todo o Universo?
É caso para acuradas meditações, o facto de nunca poderemos iludir a nossa consciência nem escudarmo-nos em falsos conceitos de poder, no mundo espiritual, onde cada um se desnudará de acordo com as atitudes tomadas neste mundo terreno.
Os que tiveram vida digna e honesta estarão num ambiente vibratório de tranquilidade, compatível com o seu estado de alma, calmo e sereno, e aqueles que viveram prejudicando o próximo, herdarão de si próprios a intranquilidade, intrínseca às pessoas que não estão em paz consigo próprias, fruto dos desatinos cometidos na Terra.
Assim sendo, Bin Laden não morreu, mas, isso sim, mudou de plano existencial, forçado pelas circunstâncias, continuando a viver no mais além, desconhecendo nós quantas dezenas ou até centenas de anos demorará o julgamento dentro de si próprio, colhendo o sofrimento gerado nos compatriotas torturados e mortos.
«A cada de acordo com as suas obras», já nos advertira Jesus de Nazaré, deixando-nos uma ética e uma moral que são o único caminho para a nossa felicidade.
Que possamos todos nós, tirar profundas ilações deste ser, que mais do que ser odiado, é digno de compaixão, na certeza de que sendo imortais, o nosso amanhã será tão mais radioso e feliz quanto melhores forem as nossas atitudes de agora.
É, pois, tempo de semeadura… no bem!
Artigo de José Lucas do blog www.artigosespiritaslucas.blogspot.com

O DILEMA DA DISCIPLINA

É bastante comum, nos dias de hoje, ouvirmos reclamações de pais e professores, em torno do comportamento indisciplinado de crianças e jovens. Palavrões, brigas, pichachões, desrespeito aos mais velhos, desleixo com a aparência, iniciação sexual precoce, gravidez na adolescência, etc., fazem parte do rol de atitudes mencionadas para caracterizar esse comportamento indisciplinado.
Não se pode perder de vista o despreparo dos pais na condução da prole.Quando bem dotados financeiramente, matriculam os filhos nas melhores escolas, oportunizam-lhes viagens de estudos e entretenimento, oferecem-lhes cursos de informática e idiomas, alimentação apurada, cuidando com extremo desvelo do corpo e investindo somente na formação intelectual deles.
A formação moral, quando lembrada, é relegada para alguma religião ou transferida para a escola, pois estes mesmos pais estão muito ocupados, com outros afazeres ou envolvidos com atividades que consideram relevantes.
Nas famílias mais pobres de recursos materiais, o desenvolvimento da criança já se vê comprometido em razão da carência alimentar e da falta de tempo dos pais para orientá-los, pois saem muito cedo para trabalhar e retornam muito tarde. Existindo então outros complicadores.
Às vezes, a criança é filha de pais separados, que por razões diversas nem sempre conseguem atender convenientemente as suas carências e necessidades.
A televisão tornou-se de um tempo para cá a companheira e a educadora de muitas das nossas crianças e jovens, e, infelizmente, uma companhia altamente questionável.
É preciso que se diga ainda que os professores, na grande maioria, não foram preparados para lidar com crianças que apresentam problemas de comportamento e nem com aquelas portadoras de necessidades especiais. Quando conseguem um mínimo de conhecimento teórico, é porque fazem algum curso adicional ou a larga experiência dos anos lhes fez acumular conhecimentos suficientes sobre o assunto.
Ao despreparo dos pais junta-se o despreparo dos professores.
Considerando essa variedade de fatores, que até certo ponto explicam os problemas apresentados pelos educandos, não podemos esquecer que eles são espíritos reencarnados, trazendo tendências e aptidões das vidas passadas. E que os mesmos possuem afetos e desafetos no mundo espiritual, influenciando direta ou indiretamente o comportamento deles.
Com tudo isso, como estabelecer uma disciplina que prepare, oriente e colabore na formação de homens de bem?
Didaticamente podemos pensar em três níveis de disciplina:


Preventiva
Punitiva
Reparadora

A disciplina preventiva é aquela que é trabalhada desde a gestação, perpassando todas as fases do desenvolvimento biopsicossocial da criança.

Paulo Freire salienta que a disciplina externa é necessária para estruturar a interna, e que a criança entregue a si mesma dificilmente se disciplina. A presença e o exercício da autoridade paterna e materna, é indispensável na construção da sua autonomia.
Parafraseando o educador Rubem Alves, afirmamos que é essencial libertar a criança das disciplinas desnecessárias, a fim de que ela consiga lidar e até aceitar aquelas que são inevitáveis no caminho de qualquer pessoa adulta.
Como é importante a presença de limites, de regras na fase infantil!
E disciplina não é apenas um conjunto de normas que estipulam deveres a serem cumpridos. A Natureza possui uma disciplina sem a qual os mares invadiriam as regiões continentais, os continentes gelados se derreteriam, as cadeias alimentares entrariam em desequilíbrio, os planetas colidiriam uns com os outros. O amor estabelece a disciplina do bem querer, do perdoar incessantemente, do fazer o bem a quem nos faz o mal e assim por diante.
Não podemos e nem devemos associar disciplina a surras e agressões, pois esse tipo de postura já é violência e não disciplina.
Joanna de Ângelis fala-nos de três tipos de indivíduos adultos, que resultam de uma educação bem ou mal orientada:
 Os insatisfeitos: são aqueles que foram vítimas de pais instáveis emocionalmente, despreparados para orientarem seus filhos para a vida. Pais violentos ou indiferentes.
Os dependentes: são aqueles que foram mimados, tiveram todas as suas vontades e caprichos satisfeitos, viveram numa redoma e quando em contato com o mundo, precisando cortar o cordão umbilical e decidir, optar, entram em crise ou sempre recorrem a quem possa decidir por eles.
Os realizados: são pessoas que vivem instantes de dependência e de insatisfação, mas conseguem administrar bem os seus conflitos. Normalmente conviveram com regras e tiveram afeto durante a infância, e graças a isso, desenvolveram uma capacidade de decidir com autonomia, correndo os riscos necessários e assumindo as consequências dos seus atos.

A disciplina punitiva é aquela aplicada nos presídios, nos lares onde os pais corrigem com violência seus filhos, nos países onde o crime é punido com outro crime (pena de morte), e que, inevitavelmente, não promove, não remove as causas da indisciplina.
A esse respeito Pedro de Camargo escreveu:

"Para bem agirmos em prol do saneamento moral, precisamos partir deste princípio: o crime não é o criminoso, o vício não é o viciado, o pecado não é o pecador(...) o doente não é a doença. Assim como se combatem as enfermidades e não os enfermos, assim também se devem combater o crime, o vício e o pecado, e não o criminoso, o viciado e o pecador".

Theobaldo Miranda Santos afirma que os castigos ministrados com raiva, até acentuam a revolta da criança. É necessário que ela perceba na correção, de que é objeto, o propósito do seu aperfeiçoamento.

A disciplina reparadora, é a única capaz de ir nas causas da indisciplina, que se localizam no espírito imortal e que, segundo Ney Lobo, citando Allan Kardec, residem no instinto de conservação exagerado e no desconhecimento do passado e do futuro do espírito. Só ela pode minimizar a crença na superioridade individual, o orgulho e o egoísmo, que conduzimos em nosso cerne.
Exemplificando: é preciso que a criança seja levada a corrigir o que errou, consertar o que quebrou, repor o que retirou, desculpar-se com quem ofendeu, fazendo sempre uma ação contrária e correta àquela que foi considerada uma indisciplina. Conscientizando-se de que errou. É claro que isso não se consegue sempre no exato momento em que ela é flagrada em erro. É preciso que os educadores, de um modo geral, tenham o tato necessário para aguardar a hora certa de solicitar a correção. No calor das emoções exaltadas é muito difícil que a criança se predisponha a essa reparação. E não raro, quando se exige isso logo de imediato, comete-se um outro erro, o de humilhá-la, obrigando-a a uma correção forçada e exterior, sem que ela se convença do seu equívoco.

Escreve o filósofo Ney Lobo:
"O grau de responsabilidade disciplinar do educando deve ser diretamente proporcional à gravidade da falta, ao grau de liberdade em cometê-la ou não e à sua idade, não somente biológica ou mental, mas relativa ao nível espiritual. Esta idade espiritual se apresenta através dos componentes: inteligência e moralidade (variáveis de um espírito para outro)".

É com a disciplina reparadora que a criança conseguirá ser um adulto realizado, nas palavras de Joanna de Ângelis, libertando-se de sentimentos de culpa, da censura social, estruturando sua disciplina interna e utilizando seu livre-arbítrio sempre para o bem.
Diz-nos também Allan Kardec, no livro O Céu e o Inferno:

"Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo, pela esperança, o caminho da reabilitação; só a reparação contudo pode anular o efeito destruindo-lhe a causa".

Só nos resta investir cada vez mais na Educação do Espírito, se quisermos fazer da Terra um mundo feliz, governado por homens inteligentes e bons, regidos pela disciplina do Amor.

Cezar Braga Said

NÃO DESANIME


Quando você se observar, à beira do desânimo, acelere o passo para frente, proibindo-se parar.
Ore, pedindo a Deus mais luz para vencer as sombras.
Faça algo de bom, além do cansaço em que se veja.
Leia uma página edificante, que lhe auxilie o raciocínio na mudança construtiva de idéias.
Tente contato de pessoas, cuja conversação lhe melhore o clima espiritual.
Procure um ambiente, no qual lhe seja possível ouvir palavras e instruções que lhe enobreçam os pensamentos.
Preste um favor, especialmente aquele favor que você esteja adiando.
Visite um enfermo, buscando reconforto naqueles que atravessam dificuldades maiores que as suas.
Atenda às tarefas imediatas que esperam por você e que lhe impeçam qualquer demora nas nuvens do desalento.
Guarde a convicção de que todos estamos caminhando para adiante, através de problemas e lutas, na aquisição de experiência, e de que a vida concorda com as pausas de refazimento das nossas forças, mas não se acomoda com a inércia em momento algum.

André Luiz

sábado, 14 de maio de 2011

O PRIMEIRO DESAFIO

 

Disposto a esquecer o mal, dedicando-te ao bem, enfrentas o primeiro desafio.
Incidente doméstico ocorre envolvendo-te emocionalmente.
Tens a impressão que todo o planejamento para o dia se desfaz.
Sentes os nervos abalados e estás a ponto de aceitar a pugna.
Silencia, porém, e age.
O hábito da discussão perniciosa se te instalou no comportamento, e crês que não possuis forças para superar o acontecimento danoso.
*
Recorda que estás num clima de efeitos que vêm dos dias anteriores, quando te engajavas nas provocações, reagindo no mesmo tom.
Os familiares não sabem das tuas disposições novas e, porque estão acostumados às querelas e agressões, preservam o ambiente prejudicial.
*
Em teu procedimento de homem novo necessitas do autocontrole, reconquistando os familiares, que se surpreenderão com a tua nova filosofia de vida.
Contorna o primeiro desafio, dilui por antecipação e com sabedoria o mal-estar que ele podia gerar.
Este é o passo inicial para o teu dia feliz.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 3. LEAL.

domingo, 8 de maio de 2011

GRATIDÃO


Te agradeço mãe querida por teu carinho extremado, por tua presença constante, pelo teu amor infinito.
Receba no teu coração generoso meus mais puros sentimentos de gratidão.
Sem tua luz a clarear-me os caminhos, sem teu regaço maternal nos momentos de dor, não estaria eu aqui, mãe, seguindo teus passos, buscando coragem para as lutas constantes, crescendo em meio ao turbilhão de problemas...
mas sempre me espelhando em ti:
Exemplo de diginidade,
de honestidade,
de bravura, de luta,
de firmeza nas convicções,
de amor que supera barreiras,
de coração que se empenha na prática do perdão.
Minha mãe, quero ser para sempre:
Tua filha,
teu consolo,
teu orgulho,
tua esperança.
Espero reencontrar-te em breve
na imensidão dos céus
para retribuir com alegria
tudo que fostes para mim , um dia.
Te amo Mainha! Jesus sê contigo.

Tua filha para sempre,
 Roberta.

MÃE

Acolhimento e graça.
Sentimento e vida.
Renascimento constante.
Aperfeiçoamento e oportunidade.
Crescimento e caridade.                  
Amadurecimento e eternidade.
Gestação do bem e humildade.
Renovação e claridade.
                           Esperança e felicidade.
                           Serva do Senhor,
                           na excelência do Amor!

Filipe D'France

quinta-feira, 5 de maio de 2011

ESTE DIA

Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.
Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.
Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.
Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.
Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.
Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.
Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.
Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você, chegou o tempo de atendê-las.
Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.
Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.
ANDRÉ LUIZ

quarta-feira, 4 de maio de 2011

DEZ MANEIRAS DE AMAR A NÓS MESMOS

1- Disciplinar os próprios impulsos.
2-Trabalhar cada dia, produzindo o melhor que pudermos.
3-Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.
4-Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.
5-Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.
6-Evitar as conversações inúteis.
7-Receber o sofrimento o processo de nossa educação.
8-Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.
9-Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.
10-Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Paz e Renovação. Ditado pelo Espírito André Luiz.

terça-feira, 3 de maio de 2011

AFEIÇÕES

O Amor não é cego.
Vê sempre as pessoas queridas tais quais são.
E as conhece na intimidade, mais que os outros.
Exatamente por dedicar-lhes imenso carinho,
recusa a registrar-lhes os possíveis defeitos, porquanto sabe amá-las, mesmo assim.

Emmanuel

segunda-feira, 2 de maio de 2011

PRECE DE CHICO XAVIER

[ilustra1011b.jpg] 
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo eu sabendo que as rosas não falam.
Que eu não perca o OTIMISMO,
mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é
assim tão alegre.
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER,
mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos,
dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo, eles
acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver,
reconhecer e retribuir esta ajuda.
Que eu não perca o EQUILÍBRIO,
mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu
caia.
Que eu não perca a VONTADE DE AMAR,
mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não
sentir o mesmo sentimento por mim...
 eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR,
mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo,
escurecerão meus olhos...
Que eu não perca a GARRA,
mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois
adversários extremamente perigosos.
Que eu não perca a RAZÃO,
mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras
e deliciosas.
Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA,
mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu.
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO,
mesmo sabendo que um dia meus braços estarão
fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER,
mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus
olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA,
mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria
esforços incríveis para manter a sua harmonia.
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR
que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e
até rejeitado.
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE,
mesmo sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama
infinitamente, que um pequeno grão de alegria e
esperança dentro de cada um é capaz de mudar e
transformar qualquer coisa, pois....

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS E CONCRETIZADA NO
AMOR!